Post Secret


– http://postsecret.blogspot.com/

Machado


"Botas... as botas apertadas são uma das maiores venturas da terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar."

– Joaquim Maria Machado de Assis - Rio de Janeiro, 21 de Junho de 1839 / Rio de Janeiro, 29 de Setembro de 1908.

Paul Newman


1925 / 2008

Arte para Valkyrie


Cartaz de "Operação Valquíria", novo filme de Bryan Singer. De vez em quando temos boas surpresas com artes como esta, bem mais interessante que o habitual da poderosa indústria americana. Elenco em primeiro plano e as plantas do bunker de Hitler ao fundo e o caminho ao Führer formando um dos lados da suástica nazista. (Sensacional!!)

– Valkyrie conta a história da tentativa de assassinato sofrida por Adolf Hitler em julho de 1944.

O Solo do Pianista Morto


– No próximo dia 29, no Grande Auditório do MASP.
Isso vai ser bonito.

Explica


Fotografia dos alemães Cenci Goepel e Jens Warnecke

Lightmark

Essa moça tá diferente


Acordou muito tarde
O suficiente pra pegar a feira
Ainda
No horário de irem embora
Mas não correu
Deu pra secar os cabelos
Pra brincar com o gato
Pra comprar chá
Que nisso ela ainda era igual
Mas tava sim, diferente
Voltava, ainda sem correr
Depositou no chão a sacola de ervas
E no meio do corredor de barracas
Dançou abrindo o vestido
Pois sentiu que a chuva começava
Fina a cair
Voltou pra casa molhada
Que nisso ela ainda era igual.

Rubik


Quer um player com design atraente e inovador, que não seja o do Steve Jobs? Olha o Rubik, do designer Hee Young. O formato do tocador é inspirado no clássico brinquedo cubo mágico, e seu funcionamento é acionado com o manusear dos módulos que compõem a forma geométrica. Mas o Rubik tem um porém: ainda é um protótipo e não pode ser adquirido. (ainda)

Enjoy The Silence


Alguma coisa aconteceu. Inexplicável. Imcompreensão. Violência e paixão. Titãs das antigas no player que parou de funcionar. Tá só na minha cabeça. Sério, alguma coisa tá acontecendo. Tenho medo de saber. Não quero perguntar. Dipirona. Água. Muita. Teclo teclo teclo teclo teclo teclo teclo. Tem coisa querendo sair. Tem muita coisa querendo sair. Eu não. Quero ficar. Quieto. Alguma coisa vai acontecer. Eu sei que vai. Tão certo quanto a vontade doida de ficar quieto. Em paz. No silêncio. Aí vem você e fala sobre uma viagem pra Barcelona. Aconteceu. Olé!

Sk8er


– SPACETASTICALITIVITICIOUS - Arte incrível de Dave Slight - Israel

The Gloaming



- Pra quem gosta de ficar até tarde no trabalho!!

Olha aí, Otávio!


– No trabalho de Sanna Annuka vemos motivos folclóricos, geométricos, cores chapadas em traços planos. Aqui, uma amostra do seu trabalho para o grupo Keane.

Maresia


Era o cheiro da maresia que eu queria sentir
Era no cheiro da maresia que eu queria correr
A maresia daquele comecinho de dia, bem cedo
Quando todos ainda dormem, pensando em acordar
Eu queria correr ao seu lado
Bem cedo
Naquele começo de dia
Quase lua
Quase sol
Quase chegando
do seu lado
Mergulhados não juntos
Mas unidos
Naquele começo de dia
Na forte maresia.

Eles não desistem nunca


Lembro que o filme Terra Estrangeira, de 1995, tem um desfecho que me marcou bastante. Era um final de "resolução" improvável: O casal protagonista, num carro em disparada, em uma estrada deserta, num país estrangeiro ao seu, tendo sido o homem ferido de morte, enquanto a mulher lhe promete que estão indo pra casa, que tudo vai ficar bem. Era o final improvável e a "não resolução" que tanto admiro no cinema. Talvez por aproximar-se mais da realidade. Este olhar quase documental também permeia o novo filme dos diretores Walter Salles e Daniela Thomas, Linha de Passe.

Abordagem muito parecida com Mutum, outro filme nacional que assisti este ano, tão verdadeiro, que chegava a assustar. Realista e profundamente triste, assim como Linha de Passe. São histórias diferentes, embora apresente-nos brasileiros igualmente perdedores e a um passo da degradação. Poderia dizer que são brasileiros que estão por um fio de desistir, mas que ainda assim não se entregam. Muitos críticos afirmam que para se obter uma linguagem documental, são necessários atores não conhecidos, ou até mesmo os chamados não-atores. Faz sentido. Uma vez que aquela figura apresentada na tela nos é estranha, mais facilmente compramos a sua verdade, a sua história. A história de Linha de Passe apresenta apenas uma das milhares de famílias brasileiras que vivem à margem da sociedade. Os excluidos, os massacrados pela luta diária e quase sempre injusta, os invisíveis. A mãe, empregada doméstica que cria os quatro filhos, um de cada pai, sem a presença de nenhum deles, espera pelo quinto rebento, este mesmo já carente da figura paterna. Mas a despeito disso e talvez por isso mesmo, ela consegue conduzir sua família pelo caminho da dignidade, embora esta não pareça ser o suficiente pra que eles todos não sucumbam.

E eles caminham, não desistem nunca. Chegam à beira do precipício, mas uma força maior que eles e tirada sabe-se lá de onde, os impede de cair definitivamente. É a nossa realidade, estampada em cores pálidas, trilha sonora melancólica, do ótimo Gustavo Santaolalla, direção de quem sabe exatamente o que quer e o que fazer do cinema que tem nas mãos e interpretações que de tão perfeitas, soam a nós o tal realismo que citei no início. Claro que se destaca aqui a já tão aclamada Sandra Corveloni, vencedora do prêmio de melhor atriz em Cannes, por sua composição absurdamente simples, natural e por isso mesmo, verdadeira. Diria que ela é responsável pela alma do filme. Uma alma ferida e quase destruída, é verdade. Mas, há o futuro, aberto, ainda a se escrever. Há a não resolução, pois assim como na vida, sempre há o outro dia, e depois outro, depois outro. Como o "final" matador e inesquecível, do personagem Dinho, o filho religioso, que após presenciar um milagre que não se realiza, segue o caminho de volta pra casa, impondo a si mesmo, a ordem que ouvira minutos antes, do Pastor. "Anda! anda! anda!". E nós continuamos a andar.


Aos poucos ela sentia que o cheiro de lixo aumentava, a medida que avançava pelo corredor, iluminado apenas pela pouca luz que entrava pelos vasculhantes abertos. O abafado daquele lugar aumentava ainda mais a sensação de desconforto que faziam suas pernas vacilarem. Ir em frente, ou não? Tinha medo, mas tinha muita vontade, e esse mistura a fazia hesitar. Mas não voltava atrás. Prosseguia pelo corredor escuro e fétido. Procurava o 22. Quase na metade do longo corredor, tinha um moleque de uns 10 anos. Fumava um. Deu um sorrisinho, olhando ela passar. Mas ela não olhou pra ele. Procurava o 22. Procurava algo na bolsa, quando uma porta se abriu à sua frente. Com metade do corpo pra fora, ela pôde vê-lo. Ele sorriu. Ela não.
– Foi difícil de encontrar?
– Não pensei que fosse assim. Ela respondeu, olhando em volta.
– O encontro?
– O lugar onde vive.
Ela já ia entrar, quando o moleque de 10 anos passou correndo entre os dois, em direção ao fim do corredor.
– Ô, moleque folgado! Entra, vai. Desculpa...

Ela observou de cara um papel de parede de flores verdes, envelhecido e quase todo coberto de mofo. Ainda passou as pontas dos dedos pelas flores desbotadas, tentando sentir alguma textura. Tentando sentir. Ele retirava uma colcha xadrez que cobría a janela. A corda da veneziana original tava arrebentada, ela percebeu.
– Deixa, deixa assim. Ela pediu.
– Queria te ver melhor.
– Você já me viu muito.

Ela podia entender agora porque ele nunca concordara que os encontros fossem onde morava. Talvez por vergonha. Talvez...

– Não acho que é um lugar pra você vir e sentar, se acomodar. Aqui eu vivo de improviso.
– Isso não importa.

Ela não sentou. Tirou a roupa e chegou em frente a ele, abrindo seu zíper. Apertou com força seu pau e ele quase reclamou. Mas ela enfiou rápida a língua na sua boca, percorrendo seus dentes, enquanto ele gemia, baixinho. Com os olhos fechados e invadindo toda a sua boca, ela podia se lembrar de quando o conhecera, logo assim que se casara. E já faziam quase dois anos. Ela não sabia como acabar com aquela história. Ela não queria sair daquilo. E ela precisava sair. E ela o odiava cada dia mais por isso. E ela o desejava cada vez mais por isso.
Quatro horas depois, prostrados no colchão, sem forças, respiravam sofregamente, enquanto ouviam longe, as vozes das crianças brincando lá fora. Tava mais escuro agora. Ela se virou de lado e percebeu que ele dormia. Vestiu toda a roupa. Pegou sua bolsa e se aproximou da porta. Tirou da bolsa uma Magnum 357, que seu marido lhe dera. Olhou pro seu rosto, dormindo em paz e disferiu três tiros no seu peito. Saiu, tranqüila pelo corredor, que ainda fedia. Ela não sabia como acabar com aquilo.

A vida real da personagem


Ela retirava a maquiagem. Aos poucos, sem pressa. Os chumaços de algodão embebidos em lágrima, iam pouco a pouco limpando toda a cor da sua cara. Despia-se na frente dela. Olhava aquela cara no espelho cercado de luzes. Metade dela ainda branca. Ainda vermelha. Ainda a outra. A outra que ela estranhava. A outra, que não era ela. A outra, que ainda gozava. Ela lembrava. A poucos minutos atrás, a outra gozava e ali, sentada diante do espelho, ainda sentia as pernas tremendo do gozo da outra. Chorava. Ela chorava. Porque, se a outra parecia tão feliz? A outra sumia, pouco a pouco. Ela tinha este poder, de matar a outra quando quisesse. A outra vivia. A outra gozava. Ela não. Te mato agora, desgraçada. Sorriu então, chorando. Sorriu pela vitória. Apenas o lábio inferior ainda vermelho. O último traço da outra. Sorrindo ainda, sentiu a força da outra naquele pequeno pedaço de carne dela, ainda pintado de vermelho. O sorriso dela encolheu. Olhou fixamente aquele ponto de cor na sua cara totalmente pálida. A sua cara. A sua, verdadeira e sem muita razão. Era a cara de quem não goza. O ponto vermelho. Sentiu subitamente uma vertigem aguda que fêz estalar sua cabeça. Tentou levar a mão à fronte, mas ela não deixou. Ela. A outra no espelho. A metade da boca ainda vermelha que agora ria um riso aberto enquanto ela paralizava. A outra vivia e a fazia parar. O coração, quase. A outra sorria, viva, colorida, gozando de todo o poder que ela agora deixava escapar. Porque não a matara enquanto podia? Quando sentara no pequeno banco, diante do espelho. A outra agora devolvia o seu olhar assombrado com o sorriso calmo de quem é. E sabe disso. A pequena metade ainda vermelha, abria gigante aquela boca pronta pra engolir. Era dela, agora era da outra. Era a outra que vivia livremente. Assustadora. Completa. Absoluta. A outra a devorava naquele instante. A vida da outra, que agora consumia o pouco que ainda restava dela. A vida real era da outra. No espelho.

O canto


Esperei aqui, deitado, porque sabia que talvez demorasse. Esperei, enquanto ouvia, longe, uma voz que a princípio parecia imcompreensível, mas que com o passar do tempo, e da longitude, revelou-se um canto. É, um canto. Um canto baixo, vindo de uma voz que parecía saída da mais profunda gruta, do mais profundo possível daquele oceano que um dia deixei pra trás, antes que o sol descesse por completo. O mesmo oceano que era pra mim a mais completa e perfeita sensação de prazer, alívio e felicidade. Esse canto, nascia de lá. Eu reconheceria sua origem em qualquer circunstância. Era a tradução exata daquele encontro raro do oceano com a montanha. E da visão perfeita deste encontro, que só se tem, quando se está mergulhado naquelas águas. Onde parece que o som deste canto, sobe pelas suas pernas, mergulhadas no salgado deste oceano, enquanto você vislumbra o encontro do azul mais profundo possível, com o verde mais tenebroso e cheio de vida das montanhas à sua frente. E agora, depois de toda espera, depois de toda lembrança deste oceano, deste encontro, aquele canto retorna aos meus ouvidos. E nesse instante eu tenho a mesma sensação de quando mergulhado. Ouço. Vejo. Assisto. E agora, como naquele momento de antes, eu penso que poderia morrer. Poderia até morrer, pois seria num momento de inesquecível, indescritível e inigualável, felicidade.

Monica


"A beleza é como uma doença. Tem que cuidar e esperar passar."
Monica Bellucci

- Admito que postar Monica Bellucci é covardia. Não há quem não ache seu blog bacana, com uma cara como essa estampando seu post. ahaha...

Orgânico


Não me fale do tempo que perdeu. Nem do que ganhou. Se ganhou. Eu também perdi. Algumas pessoas são orgânicamente felizes. Outras não. É da natureza de cada um. Lembre-se disso antes de falar comigo apenas para se vangloriar. De suas vitórias, sim. Vitorioso eu não sou. Então não me conte. Não quero ouvir. Sequer sobre você. Continue assim. Evite minha calçada. Minha rua. Meu prédio. Meus amigos. Não se aproxime. Não me convença. Este sentimento, em mim é irredutível. A amizade entre nós, então, orgânicamente impossível. Veja a natureza. Existe harmonia. Essa é a lei. Tudo é uma questão de harmonia. Mas quando há afinidade, energia. Ficou assim. Entre nós é isso. Não será diferente. Nem igual. Ao que era antes. E basta.

Chico & Otavio


Os talentosos amigos, Otávio Martins e Chico Ribas estão no elenco de Narcisianas, que estreou no último dia 02, No Satyros 1. Estréia da diretora teatral Ariela Goldman na dramaturgia, o texto traz 11 monólogos que tratam das atuais aflições masculinas.
Merda aos amigos. Ainda não vi, mas já gostei!

NARCISIANAS
 - Quando: seg. e ter., às 21h; até 28/10
Onde: Espaço dos Satyros 1 (pça. Franklin Roosevelt, 214, São Paulo, tel. 0/ xx/11 3258-6345); não recomendado para menores de 14 anos
Quanto: de R$ 5 a R$ 20

A feira como ela é


http://nfgraphics.com/category/humor/

Deus e o Diabo na era dos comunicadores


– Arte do chileno Alberto Montt, parte de suas tiras cômicas “Alberto Montt en dosis diarias”.

I agree

Outro classico do Del Touro


– Guillermo Del Touro