Garota sagaz


Me beijou no carro mas falou que era só um sarro. Pra que tanto empenho, rapaz, se amanhã tanto faz. Me provoca nos horários que pode quando sabe que eu não eu vou poder. Cruzo o farol vermelho sem ver, com ela a me morder. Por que eu ainda abro a porta pra ela? Por que ela ainda me deixa entrar? Garota mimada de criança não tem nada. Garota sagaz que me torna incapaz.

Me falou que era virgem há muito tempo atrás. Me deixou falando sozinho só porque acreditei. Ri de mim quando eu penso em chorar. Me faz rir quando quando me pede pra voltar. Até quando vou te encontrar? Até quando vou te esperar? Garota cheia de defeitos mas pra mim é perfeita. Garota sagaz que me deixa incapaz.

– Pra uma banda, ai...

Amo muito

Muerte por tupperware


– Hoje eu tô bizarro.

Não tem preço


"Brasil é Brasil. Depois de um 0 a 2 no primeiro tempo, começou descontando o segundo e colocou os EUA nas cordas com outro gol de Luís Fabiano, esta vez de cabeça, e virou com uma bela cabeceada de Lúcio", destacou o diário argentino Olé."

– Ver argentino elogiando o Brasil!!

Para de pingar


Para de pingar. Entorna de vez este balde de água fria na minha cabeça, mas para de pingar. Enxuga quantas garrafas conseguir, toma o porre que quiser. Mas para de pingar. Não me mande mensagens onde eu não possa ver a força da tua mão impressa no papel. Prefiro que me escreva as mil cartas dos fãs enlouquecidos. Mas para de pingar. Me cubra de beijos ou de porrada, o que preferir. Mas me mostre a que veio. Senão, nem venha. Me deixe em silêncio, sem o ruído intermitente da gôta que cai, uma após outra, sem cessar. Na tortura lenta, vagarosa, de quem quer estender um prazer insano. Para de pingar. Desapareça de uma vez por todas, ou me enlouqueça de vez. Mas para de pingar.

Thriller & Angel

É um dia triste...

"Seja carinhoso, é minha primeira vez"


A atriz Michelle Pfeiffer pediu ao diretor de "Batman Begins", Christopher Nolan, para repetir o papel da Mulher-Gato no próximo filme da saga. Leia aqui. Quem não se lembra da famosa frase dita por ela no segundo filme do Batman, dirigido por Tim Burton? Uma das melhores coisas daquele filme, senão a melhor. Torcendo muito por você, Michelão!!

Los ángeles también juegan a la Game Boy

Invisible Creature



– Studio dos irmãos Don e Ryan Clark, em Seatle. Vale a pena uma visita no blog dos caras.
http://www.invisiblecreature.com/blog/

A Festa



Santinho é um jovem que ganha a fama de santo ao realizar um milagre após o suicídio de sua mãe, numa comunidade ribeirinha do Alto Amazonas. Há também o fato de ter sido ele quem encontra os restos do vestido sujo de sangue, de uma menina morta, jamais encontrada. A partir daí, todos os anos, ele abençôa, faz milagres e narra ao povo da pequena comunidade, as previsões que a menina lhe revela. Esta é a história de A Festa da Menina Morta, dirigido pelo ator Mateus Nachtergaele. Foi com grande expectativa que fui assisti-lo. Fosse pela questão sobrenatural que permeava o tema, fosse pela admiração que tenho pelo talento de Mateus, como ator. O fato é que talvez, esta grande expectativa tenha me feito sair do cinema com a sensação de "Não gostei deste filme". Embora realmente não seja um filme fácil de se digerir, há alguns "buracos" que ficam sem maiores explicações, ou pequenas situações que, creio eu, sejam pecados de quem filma pela primeira vez. Há uma necessidade estética muito grande da parte de diretores principiantes brasileiros, tenho notado. Por exemplo, uma longa sequência, de um caminhão correndo por uma estrada de terra. Estamos na carroceria e vemos o vilarejo se afastando, se afastando, sendo enfim engolido pela nuvem de poeira deixada pelo caminhão na estrada. É longa. E eu me pergunto: pra quê? Enfim, deve ser a tal necessidade estética. Mas, por que estou falando de um filme de que não gostei? Porque esta sensação foi desaparecendo, a medida que refletia em tudo o que acabara de ver. Sim, não é um "filme fácil" e você carrega pra casa todo o incômodo que ele causa. Apesar destes "pecados estéticos" que mencionei, Mateus parece sim, saber o que está fazendo e a forma que está usando para isto. Por exemplo, quando apresenta os personagens. Desde o cara mijando pela manhã, no primeiro plano, até as tias/empregadas que cuidam da casa e do Santinho. Por exemplo, quando não explica ou define a cena entre Santinho e a mãe. Delírio ou realidade? Por exemplo, quando dá nome a todos os personagens secundários, mas não o faz com os principais, estabelecidos apenas pelas suas funções: pai, mãe, Santinho. Por que? Repito, Mateus sabe o que faz. Talvez pela grande experiência como ator, ele tenha sabido conduzir sua história não como a forma padrão que esperávamos, mas de uma forma totalmente criativa e consequentemente, original. Quando opta por uma narrativa solta, descosturada, "mau explicada", creio que tenha tentado estabelecer um sentido comum, apesar de não habitual. O de percebermos, antes de tudo, o estado de dramaticidade constante. A sensação de que há muito mais ali, do que nos é mostrado. Um drama do não dito, da insatisfação do ser humano com sua própria condição, algo que não pode ser explicado ou descrito. Talvez por não ter entendido isto, a princípio, tenha saído do cinema com aquela opinião que disse no início. Talvez só por isso. (E tá confirmado: Daniel de Oliveira é um dos melhores atores de sua geração). Palmas!

Pro Chico

Cicatrizes

"Amor que nunca cicatriza
Ao menos ameniza a dor
Que a vida não amenizou.

Que a vida a dor domina
Arrasa e arruína
Depois passa por cima a dor
Em busca de outro amor.

Acho que estou pedindo uma coisa normal
Felicidade é um bem natural.

Uma
Qualquer uma
Que pelo menos dure enquanto é carnaval
Apenas uma
Qualquer uma
Não faça bem mais que também não faça mal.

Meu coração precisa..."

Composição: Miltinho / Paulo Cesar Pinheiro

Marco




– Quem tem mais de 30, provavelmente vai se lembrar. Marco fez muito marmanjo chorar.

Think seriously

Highline in NY


– Era assim.



– Ficou assim.


Acordou cedo e não olhou pro lado. Fazia calor, mas tinha uma febre que fazia tremer seu corpo inteiro. Olhou por uma brecha na cortina, a rua lá embaixo. Podia sentir a onda de calor que subia do asfalto. Mas tremia de frio. Fez um esforço pra não deixar baterem os dentes. Tinha medo que o menor ruído pudesse acordá-lo. A primeira coisa que fez ao entrar no banheiro foi olhar seu rosto no espelho. Não pode deixar de rir de si mesma quando viu a laranja rôxa na qual seu olho esquerdo havia se transformado. Riu, do quanto era ridícula. E quis chorar, ao ver o quanto ainda era bonita. Apesar da laranja rôxa. Tomou um banho rápido, em silêncio. Enquanto se enxugava, olhava para ele, na cama. Riu novamente do quanto era ridícula. Não conseguia odiá-lo. Por mais que sofresse, não conseguia odiá-lo. Odiava então, a si mesma, de tão ridícula que era. E como ainda era bonita, constatava, apesar de tão ridícula. Não tinha muito que fôsse dela para pegar. Uma pequena bolsa de viagem resolveu tudo. Cabia muito mais dentro dela. Todas as porradas, todas as gozadas, todas as línguas, todas as dores. Tudo isto sim, era muito. E caberia muito mais ainda dentro dela. Não havia limites para o que ainda cabia dentro dela. Era sem fim. Talvez por isso não conseguisse odiá-lo. A culpa era dela, então. A culpa era dela, por ter tanto assim dentro de si. Não olhou mais para a cama. Ainda uma vez o espelho. Não tinha sequer um óculos para esconder a laranja rôxa. Não se importava. Pelo diabo, como ainda era bonita. Abriu a porta da sala e sentiu um calor enorme entrar pelo corredor. Mas tremia de frio. Apertou a bolsa contra o peito e saiu. Ficou um cheiro de café, feito rápido, no pequeno conjugado.

Atores... humpf!


– ahahaa, desde quando?? Não importa, é gostosa e pronto!!

Você não serve pra mim


Não fique triste não se zangue
Com tudo o que eu vou lhe falar
Sinto demais, porém agora
Tenho que lhe explicar...

Você comigo não combina
Não adianta nem tentar
Não vejo mais razão nenhuma
Para continuar...

Não quero mais seu amor
Não pense que eu sou ruim
Vou procurar outro alguém
Voceeeeeeeeeeeê!
Não serve prá mim!
Não serve prá mim!...

Uma palavra de carinho
Jamais ouvi você falar
Seu beijo tão indiferente
Foi o que me fez pensar...

No tempo que eu estou perdendo
No amor que eu tenho para dar
Deve existir alguém querendo
O que você não quis ligar...

Não quero mais seu amor
Não pense que eu sou ruim
Vou procurar outro alguém
Voceeeeeeeeeeeê!
Não serve prá mim!...
Não serve prá mim!...

Pode ser que alguém
Lhe queira dar
Um grande amor
Quero que você seja feliz
Com outro alguém
Porque eeeeeeeeeeeeeu!
Não quero mais seu amor
Não pense que eu sou ruim
Vou procurar outro alguém
Voceeeeeeeeeeeeê!
Não serve prá mim!
Não serve prá mim!...

– O Rei

Pulgas

Este quarto de pulgas. Esta cortina poída. Este café requentado. Este decadente papel de paredes. Este mofo no tapete rôto. Este frio que entra por debaixo da porta. Esta cama de solteiro quebrada. Nada disso importa. Há um deus sobre ela.

Apaixonados & masoquistas


Destaque para as faixas Little Soul, Wrong, Fragile Tension e Miles Away - The Truth Is.
Como bem intencionados senhores ainda conseguem chamar sua atenção!!

Who



Gnarls Barkley

Zezão


– Zezão na Coletiva Choque, na Choque Cultural / SP.

Quando


Quando se tem a exata noção de que não há mais noção alguma. Perderam-se, todas. Quando não se pode esperar ou suportar prever. Quando não se pode perder. E se sente, se contorce, sem sofrer. Mas sofrendo, embora. Muito. Muitíssimo. Quando se esgota. Se mata. Se rasga e rasga-se, sem se recompor. Quando os domingos são intermináveis. Quando os domingos não existem. Os dias sequer existem. Pois o tempo não se move. Não se sai de casa. Não há mais noção alguma. Perderam-se, ao se encontrar. E não se pode perder. Pior que a morte. Naquele momento, em que nada existe. Nem mesmo os impiedosos domingos. Aqueles, que prometem tudo acabar. Nem mesmo eles. Não sofrem porque não existem pra mais nada. Só um ao outro. Um pelo outro. Um dentro do outro. E todo o resto acaba. Incluindo os impiedosos domingos. Quando se paralisa, sem estancar. Pois não cessa, apenas congela. O momento. Seja a que hora do dia. Nada mais existe. Não há desculpa. Morte. Angústia. Espera. Promessas. Dias. Domingos. Só um ao outro. Naquele dia que nunca termina, porque nunca começa. Apenas existe. Um pelo outro. Um com o outro. Um e outro. E tudo o mais que não existe mais. Quando se ama.

Atores... humpf!

Vidas

Não dou conta de tantas vidas pra viver na busca sem tréguas de uma única só. No caso, a sua.

Torcida

Aquele garoto

Sabe aquele garoto, que olha estático, a luz azul do poste, em meio a todos os neons dos puteiros à sua frente? Aquele que pára, na porta do puteiro, só pra isso. Pra olhar aquele azul. Aquele garoto, que fecha a janela do busão, naquela segunda-feira mais fria do ano, cortando a avenida mais imensa da cidade que ele acaba de conhecer. Aquele garoto, tímido, pequeno, que a cidade da maior avenida do mundo vai engolir. Sem cuspir. Aquele garoto que é capaz de não dormir. Aquele garoto que é incapaz de te deixar dormir. Aquele garoto. Aquele, que toda garota sonha encontar. Embora ela cruze com ele, na frente do puteiro, sente dois bancos à sua frente no busão, sem ser capaz de notá-lo. Porque ele é aquele garoto. Que ela quer muito encontar. Mas ela, diferente dele, não é capaz de perceber, estática, a luz azul do poste, em meio a todos os neons, de todas as cores, de todos os puteiros à sua frente.

Não quero falar de desaparecimentos. Quero falar de vida!

Eu quero

Eu quero que você se dane
eu quero que você me escape
eu quero que você me deixe
eu quero que você me ataque
eu quero que você aceite
eu quero que você me amarre
eu quero que você reflita
eu quero que você me engane
eu quero que você se deite
eu quero que você me chupe
eu quero que você se esconda
eu quero que você me engula
eu quero que você se dane
antes que eu não queira mais nada pra mim.

We are the music makers, We are the dreamers of dreams.

Meliss

A Meliss, eu não conheço. É uma garota que aparece de vez em quando por aqui, curtindo algumas coisas, tal. É uma garota que não é só mais um rostinho bonito, não. Ela escreve coisas. Conta coisas. Boas, saca só:

"paixonite.

Não faz assim não. Que eu sou uma pessoa doente.
É doença crônica, que se manifesta de tempos em tempos.
Sintomas clássicos de inflamação. febril, vermelha.
Não faz assim não. Que essa febre me faz dizer coisas
Me faz rir demais em horário comercial
Me faz querer demais o horário comercial
Não faz assim não. Que eu posso nunca querer a cura."

– Se quiser saber mais da moça, o link dela tá ao lado, nos fodões!!

Ela vem aí...

Que saudades disto aqui!!!

Atores... humpf!