Tô indo, tchau!!

Bleep


- 1 ano

Criança

Admita ao lembrar, depois de ter fingido esquecer. Que fui eu que te acordei. Que fui eu que te fez ver, embora não quisesse admitir. O quanto era criança, sim. Criança. Não infantil. Porque há também as crianças que já nascem velhas. São velhos eternos. Mas você não. É criança, apenas. Me enxerga de baixo, com a arrogância e a crueldade que só alguém muito jovem é capaz. Porque ainda há muito o que aprender. E sofrer. Mas você ainda não. Prepare-se, você vai gostar. Haverá momentos que não. Mas depois de tudo passado. As lições aprendidas e os curativos retirados, ao olhar para trás, você vai gostar. E aí, eu tenho certeza. Você vai lembrar. Que fui eu que te acordei. Que fui eu que te ensinei.

Felicidade

Se você chegou agora, veja. Embora talvez não sinta. O que só quem nasceu antes pode. Tem uma sombra pequena de um sol morno no pé de fruta-de-conde. O sol é fraco embora morne. A mãe lê na cadeira. Na pequena sombra. Eu só olho, deitado na preguiça. O sol. A sombra. A mãe. Sopra uma felicidade no quintal que levanta as folhas do chão.

Minhavótinha

Vísceras?

- Me perguntaram se eu não podia/gostaria de ser mais visceral neste espaço. Pensei e concluí: Podía sim. Mas aí eu acabava logo com esta merda toda. A começar com este espaço. Respondido?

The island of Manhattan before us


- Do blog do Delson

Solteiras de SP se preparam para passeata dos sem-namorado

"Evento acontece no domingo (17) em SP e na sexta (15) no Rio.
Participantes têm em comum a vontade de conhecer ‘alguém legal’.
Por causa da dificuldade em encontrar um pretendente interessante para engatar uma relação de verdade, algumas jovens ingressaram no movimento dos sem-namorado. Não que a solteirice seja um problema para elas, afirmam as paulistanas, mas aliar a chance de conhecer alguém legal a uma manifestação descontraída com direito a passeata de solteiros - com hora e local marcados - pareceu-lhes uma ótima idéia.
Apesar de solteiras, as meninas "envolvidas" avisam que não pretendem terminar a passeata já de mãos dadas com algum pretendente. São elas que dão as dicas para os rapazes solteiros: “Não me venham com um: ‘Você vem sempre aqui?’ e nem com aquela conversa de bar ou de balada”, dispara Márcia. “Se a gente vai para a passeata, é para fugir desse perfil cafajeste”, complementa Fernanda."

– Ahan, fugir dos cafajestes. Sei...
– A exemplo do Sr Denis Fracalossi, este blog agora também presta este tipo de serviço público. Ou sentimental. Ou conjectural, sei lá...


Fonte? vai lá: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1125045-5605,00.html

pois é

Atores... humpf!


– Susan?!

oi, mãe...

Gênio

Os amigos

– Não é incrível como os amigos te salvam, sempre? É, é incrível.

Direto no tocador



– Ouça, que os garotos são bons!!

O fim do mundo


Pouco antes do mundo acabar. Os prédios todos desmoronando um ao lado do outro. Ele foi acompanhá-la até a porta de casa. Mudrugada. Mais ninguém. Um silêncio de prédios caindo na cabeça. Mas não havia medo. Nenhum dos dois. Não queriam correr nem se apressar em nada. Estavam em paz. Queriam apenas que aquele fim de mundo não acabasse nunca. Que aquela madrugada em que tudo desmoronava em volta. Que tudo explodia e se estinguia. Que tudo aquilo perdurasse assim, para sempre. Terminando, acabando sempre, sem nunca se extinguir. Que aquele momento em que apenas eles começavam. Sem pressa. Que apenas eles existiam. Apenas eles não se importavam. Com mais nada. Nem com o mundo, prestes a acabar.

Atores... humpf!

Aron Ralston


Falei outro dia aqui sobre cortes. Me referia a demissões, sim. Aos efeitos da tal "krise", como escreve o Otávio. Com K, como se fosse uma grife, acho que a idéia é essa. Seja ela real ou não, esta crise está instalada no planeta, e com ela, inevitavelmente, os movimentos, positivos ou negativos, que em maior ou menor escala, provocam os tais cortes que falei antes. Vejo uma insatisfação generalizada com todo mundo que convivo, converso, trabalho. Me dá a impressão que todos estão incomodados onde estão, ou como estão, e esta insatisfação provoca os tais movimentos. Que no cômputo final, eu acho até positivo. Não tá satisfeito, muda. Pára de reclamar e muda. Isso eu digo pra mim mesmo, que tô precisando dar um pontapé na própria bunda. As vezes, só assim mudamos. As vezes, só assim vamos em frente. Isto me faz lembrar a história do montanhista americano Aron Ralston, que em maio de 2003, cortou o próprio braço, que ficou preso sob uma rocha, no Parque Nacional dos Cânions, no Colorado. A aventura de Ralston começou quando deixou sua picape no estacionamento, pegou sua bicicleta e pedalou cerca de 24 km até a abertura de uma garganta profunda. A idéia era descer o cânion, que terminava próximo do local onde a picape estava parada, pegar o veículo e ir buscar a bicicleta. O drama começou quando uma grande rocha escorregou e prendeu a mão de Ralston contra a parede de pedra. Experiente em escaladas, ele tentou de tudo para soltar a mão presa na rocha, desde tirar lascas da pedra com o canivete até usar as polias e cordas que estava carregando para mover a rocha. Nada funcionou. Ficou nesta tentativa por três dias, até que água e comida acabaram.
Ralston conta que tentou decepar sua mão com o canivete, mas que a lâmina estava quase cega. No quinto dia, ele diz ter percebido que a faca não seria suficiente para cortar os ossos, e decidiu que precisaria quebrá-los. Sim, quebrar os ossos do braço, pra que pudesse em seguida, cortá-lo. Realmente, não é uma decisão das mais fáceis de se tomar, mas ele o fêz. Lembro de ter lido na época, que ele tinha alguns analgésicos na sua mochila. Mesmo assim. Pense bem, não é uma decisão fácil. Ainda depois da cirurgia improvisada, Ralston teve que rastejar por um cânion tortuoso, descer um precipício de 18 metros e andar 10 km. Quando encontrou outros aventureiros e foi socorrido, estava a apenas cerca de 2 km de seu carro. Ele podia esperar mais algum socorro? Talvez não. No quarto dia, o braço começava a necrosar. Ele morreria se continuasse preso. Seu movimento foi brusco, dramático. E o corte então, nem se fala. Mas ele agiu. Era vital que agisse. Isso serve pra todos nós. Neste momento, em que todos reclamam, mais do que nunca, é vital que nos movimentemos. E façamos o que tem que ser feito. Ninguém o fará por nós. Peace!

Ipanema tá chegando...


e em cores.

Basta

Não me fale do tempo que você perdeu. Nem do que ganhou. Se ganhou. Algumas pessoas são muito felizes. Outras não. É uma questão de organismo de cada um. Lembre-se disso antes de falar comigo se for só para se vangloriar de suas tantas vitórias. Eu não as tenho. Então não me conte. Não quero saber. Não quero ouvir, sequer sobre você. Continue assim. Evite minha calçada. Meu prédio. Os meus amigos. Não se aproxime. Não tente me convencer. Do contrário. Este sentimento é irredutível. A amizade entre nós, orgânicamente impossível. É como na natureza. É tudo uma questão de harmonia. Afinidade. Energia. Agora ficou assim. Pode ser bom. Pode não ser. Mas é o que é. Entre nós é isso. Não será diferente nem igual ao que passou. E basta.

Engraçadinho

– Eu tento, mas minha veia cômica é vasectomizada.