Escolhas

Tentações, dúvidas, provações
o medo de trocar o certo pelo incerto
mesmo sendo o certo, errado.

Bad Snow White

Não quero ouvir

De nada vai servir este megafone em punho
grite o quanto quiser
eu não vou ouvir
não quero ouvir
caminhe léguas
me espere por anos
me sufoque com todas estas mãos
eu não vou ouvir
não quero ouvir.

O relógio que anda para trás


Há uma fábula, dentro da fábula que é a história de O Curioso Caso de Benjamin Button, que fala sobre um relojoeiro cego, que faz, sob encomenda, um gigantesco relógio para uma grande estação ferroviária. Mas no momento da inauguração, o relógio, ao ser acionado, começa a marcar o tempo para trás. A explicação dada pelo relojoeiro é apenas a primeira das inúmeras passagens poéticas deste filme, do diretor David Fincher. Como todos já sabem, protagonizado por Brad Pitt e Cate Blanchett. A fábula central do filme diz respeito a Benjamin Button, uma criança "nascida em circunstâncias incomuns", no fim da primeira grande guerra. Ele nasce velho e às portas da morte, com as doenças típicas de um homem velho, apesar do corpo de bebê. Tal como a lenda do relógio, a cada minuto ele rejuvenece, numa dramática inversão do ciclo da vida. Esta história, por si só admirável pela originalidade, é baseada em um conto do escritor F. Scott Fitzgerald, de 1922. Por mais estranho que esta premissa possa parecer, ela dá lugar a uma meditação sobre a mortalidade, a passagem do tempo (dos tempos) e o amor. Tente ignorar todas as indicações ao Oscar, os assombrosos (e críveis) efeitos especiais e assista ao filme como uma linda metáfora sobre a vida e o tempo que dispensamos ou não a ela, e o retorno que ela nos dá a partir disso. O Curioso Caso de Benjamin Button é um grande e imperdível filme. Para se ver mais de uma vez.

Segundona


http://ffffound.com

Cuspido & Escarrado


Se eu soubesse escrever bem pra cacete, chegaria em casa, nem que fosse 2AM, cheio de sono e de tesão e escreveria qualquer merda que os outros achariam lindo pra caramba e pronto. Seria aceito. Aceito por quem? Não sei. Na verdade não sei se vale tão a pena assim, ser aceito. Eu ainda não sei escrever bem pra cacete. Feito estes caras (e garotas, muitas garotas) que vejo pela net, com seus blogs incríveis de nomes e cores incríveis (não é, Flavia?) e suas histórias e divagações e poesias e batons vermelhos e gorros rôxos e as flores que compraram e os porres que tomaram numa madrugada fria, em que andaram sozinhos por aí e coisa e tal. É vero, eu ainda não sei. Mas tem coisas que faço e que eu gosto. E isso não é muito comum, hein. Quem me conhece (bem), sabe disso. Mas eu tô aprendendo. A escrever e a gostar mais das coisas que eu faço. Pois nem tudo que eu faço eu gosto. E nem tudo que eu preciso fazer, eu gostaria de fazer. Mas porque tudo isso, numa quinta-feira qualquer, sem sono, cansado e precisando dormir e o tal do relaxamento não vem. Por que tudo isso, agora? Talvez porque eu queira justificar isso aqui. Este fundo preto que você está vendo ao fundo do que lê, que eu tô cuspindo direto, sem pensar muito e esquecendo de salvar. De me salvar. Porque senão, nêgo, nada faz muito sentido. Nem a minha vontade de saber escrever bem pra cacete. E muito menos a vontade de gostar mais das coisas que eu faço e de preferência, fazer aquilo que gosto. Porque, dizem os colunistas das revistas da Abril, que fazer o que se gosta é um primeiro passo para ao sucesso. Ao estrelato. (Não que eu queira realmente isso). E porque não dizer, à felicidade. Ah, a felicidade... esta senhora tão idosa e sem nenhuma paz, no auge do seu climatério, que não dá mais conta de atender a tanta gente. Como a senhora ainda consegue? Me conta seu segredo. Porque é muita gente, viu. E gente que nem a merece. Que nem lhe faz uma visita naquele asilo, retirado lá nos confins do fim do mundo. Pra lá do Atacama. Como assim? Então, talvez (e eu vou frisar o talvez) e só talvez, seja por isso que eu queria saber escrever bem pra cacete. Assim, fácil, cuspido, ou saido num peido mesmo. Porque a mim, assim parece, que é bem fácil. Que o cara chegou em casa bêbado (e a garota, louca da vida com o cara que não foi gentil com ela), e sentaram, e olharam pro teclado, engoliram em sêco e zássss... mandaram ver. E ficou bom pra cacete. Ficou lindo!! Diriam os leitores dos seus respectivos blogs no dia seguinte. Afinal, o que essa gente toda quer, gente? Ser lida? Ser aceita? Ser amada? Ser feliz? Ah, a felicidade. Esta senhora... a senhora é uma boa de uma filha-da-puta, culpada por tudo isso que está acontecendo. E pelo que eu tô cuspindo aqui, agora. Porque se não for por isso, caramba. O que é que eu tô fazendo nesta quinta-feira sem graça, quase quebrando o tecladinho preto do meu MAC véio, que não tá valendo mais que 300 contos, e tentando encontrar respostas, talvez no lugar errado e com as pessoas erradas. Desculpa, gente. Acho que é a crise. Acho que é a felicidade, sei lá. Mas o fato é, eu ainda não sei, mas eu gosto pra caramba de escrever. Talvez esteja me faltando temas, Insights (puta terminho pedante), inspiração (eca), esforço, suor (isso eu gosto) e... eu ía falar talento, mas acho que ia levantar muita polêmica. E não, eu não gosto de polêmica. Não gosto de falar (muito) e muito menos quero ficar em evidência. E quer saber? Formador de opinião de cú é rola e tenho dito. Hoje eu tô maldito. Mas calma, gente. Isso passa. É só eu encontrar o caminho e pôr as idéias e as palavras em ordem, da história que tá crescendo, gritando na minha cabeça e me levando à loucura (e ao atraso dos jobs que tenho que dar conta), que talvez tudo isso passe. Mas vou, de novo, frisar o talvez. Talvez todo este meu desconforto diminua. E aí, eu finalmente possa voltar aqui e contar finalmente as histórias que quero contar, e do meu jeito mesmo, fazer o quê, né. Beginner mesmo, piegas pacas e mesmo assim, honesto pacas. Porque isso eu acho que eu sei ser. Honesto. Com os outros e comigo (graças a Deus) e a mim, também. Desculpa mais uma vez, quem chegou até aqui. Da próxima vez pretendo voltar mais centrado e contar aquilo que eu realmente quero contar, antes que as palavras que estão crescendo dentro da minha cabeça comecem a vazar pelos ouvidos, olhos, boca, nariz, pelos sete buracos da minha cabeça. Se bem que, cá pra nós, tenho a impressão que este desconforto não vai se abrandar, não. Caso contrário, acho que ai mesmo é que não vou ter nada pra contar de interessante, e nem piegas. Peace.

À nova amizade

O amor entre iguais

Murano Azul


O Murano azul espatifou-se no chão, espalhando mil minúsculos pedaços, como pequenas estrelas brilhantes azuis, naquele piso de madeira já tão cansado de tantos anos de passadas sem fim. Era antigo o Murano. Do tempo da bisavó. Seu avô herdara depois, de presente de casamento. Hà séculos na família. Mas isso agora não importava mais. O velho, raro, lindo e azul Murano não existia mais. Pedacinhos de céu azul ainda pulavam pelo chão, quicando, como estrelas cadentes que não caem, mas sobem, num sentido contrário aos desejos alheios. A família também já parecia estar em mil pedaços. Que diferença faria, um Murano despedaçado. Tanto melhor. O problema é que ele era realmente lindo. Azul, quase transparente. Um azul forte. Cobalto. Brilhava à noite, quando a luz, apenas de velas dominavam a sala. Espatifou-se o Murano. E ninguém tinha culpa. A bisavó. O avô. O pai. Ninguém da família. Despedaçados. Todos. Em mil pedaços. Espalhados pelo chão, já tão cansado de todos eles.

Awesome

Tea?

Surfrider Foundation


– EUA

Homenagem à trois

Why?


– Do flickr da Flavia.

O TAPA

O tapa foi forte, mas gentil. O que dizer do tapa que não faz ruído. Mas dói. E faz o cérebro pensar corretamente. Bota as idéias no lugar. De volta ao coração, de onde nunca deveriam ter saído. O tapa que não fêz barulho. Mas assustou. O tapa silencioso. Comedido. Estudado. E porque não dizer, carinhoso. O tapa foi forte, mas injusto. Para mim, claro. Que esperava um contato bem mais duradouro que o único segundo que o tapa durou. Um contato bem mais duradouro. Tipo umas dez horas de duração, por exemplo. Mas não. Veio o tapa. Forte. Gentil. Moreno. Longínquo. Verdadeiro. Honesto. E cheio. Cheio de profundo e antigo carinho.

Gore Vidal

"TO SEE
BUT NOT TO BE SEEN.
TO SUSPECT
BUT NOT TO KNOW.
MYSTERY,
ANONYMITY,
AMBIGUITY..."

The "New" American Dream


– Do Blog do Delson.

Aproveite


Me espera depois da chuva, naquele ponto que já nos é familiar. Prometo não demorar. E este tempo vai ser tão breve e duradouro quanto esta chuva, que insiste em cair nas horas erradas. Você diz que a chuva é nossa amiga, lembrando a musiquinha que aprendera no primário. Porra nenhuma. A chuva só é minha amiga quando estou em casa, vendo TV, Doritos gigante ao lado do controle remoto, no movimento preguiçoso que precede à punheta. Aí sim, a chuva é minha amiga. Aproveite este tempo em que vai ficar sobre aquela marquise e pense, se ela não cair, a marquise, em tudo que te levou até ali. Pense na razão pela qual vai ficar naquele ponto, a me esperar. Pense bem. Pois eu não demoro. Eu venço a chuva, que não é minha amiga mesmo, e chego quando você menos esperar. Porque eu sofro, choro, esperneio, mas não mudo. Na verdade, a gente não muda muito, mesmo. Mas tudo bem, temos tempo. Há milênios nas nossas costas e outros tantos à nossa frente. Um dia a gente muda. Aproveite este tempo e pense. Porque nem a chuva é minha amiga e tampouco eu sou seu amigo. Se eu prometi que te encontro é porque vou te encontar, mas daí a você pensar que sou seu amigo, é uma distância tão grande quanto a quantidade de lixo que a enxurrada vai levar, rua abaixo, no sentido contrário ao engarrafamento que já se formou a horas, por causa da chuva, nossa amiga. Mui amiga. Se vou te encontrar é porque tenho vontade. É porque eu quero. Não porque você quer ou porque me importo com o que você pensa. Pensa bem. Não sou seu amigo. Não considero minha amiga, esta chuva, que tanto te agrada. Prometi vencê-la pra chegar até você e o farei. Pensa bem. Que motivo me levaria a tamanho sacrifício, se a TV, o Doritos e a punheta já estavam garantidos em casa? Pensa bem. A chuva, pode até sim, ser sua amiga. Mas creia, eu não. Eu, só quero te comer.

Deus é humorista


Oriente Médio

Doze regras de redação da Grande Mídia Internacional quando a noticia é do Oriente Médio:

1) No Oriente Médio são sempre os árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se represália.

2) Os árabes, palestinos ou libaneses não tem o direito de matar civis. Isso se chama "terrorismo".

3) Israel tem o direito de matar civis. Isso se chama "legitima defesa".

4) Quando Israel mata civis em massa, as potencias ocidentais pedem que seja mais comedida. Isso se chama "Reação da Comunidade Internacional".

5) Os palestinos e os libaneses não tem o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isto se chama "Sequestro de pessoas indefesas."

6) Israel tem o direito de seqüestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos palestinos e libaneses desejar. Atualmente são mais de 10 mil, 300 dos quais são crianças e mil são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter seqüestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades eleitas democraticamente pelos palestinos. Isto se chama "Prisão de terroristas".

7) Quando se menciona a palavra "Hezbollah", é obrigatória a mesma frase conter a expressão "apoiado e financiado pela Síria e pelo Irã".

8) Quando se menciona "Israel", é proibida qualquer menção à expressão "apoiada e financiada pelos EUA". Isto pode dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo de existência.

9) Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões "Territórios ocupados", "Resoluções da ONU", "Violações dos Direitos Humanos" ou "Convenção de Genebra".

10) Tanto os palestinos quanto os libaneses são sempre "covardes", que se escondem entre a população civil, que "não os quer". Se eles dormem em suas casas, com suas famílias, a isso se dá o nome de "Covardia". Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles estão dormindo. Isso se chama Ação Cirúrgica de Alta Precisão".

11) Os israelenses falam melhor o inglês, o francês, o espanhol e o português que os árabes. Por isso eles e os que os apóiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidades do que os árabes para explicar as presentes Regras de Redação (de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama "Neutralidade jornalística".

12) Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras de Redação acima expostas são "Terroristas anti-semitas de Alta Periculosidade".

(Texto francês anônimo, enviado por leitor ao Blog da Carta Maior)

– Colaboração do amigo Marcio Claesen

Meia bomba


– tô sem assunto...

My mistakes were made for you

Porque eu ando tarado


Oceanos


Me dê outra chance. Eu sou o único que acha que eu não mereço. Mas assim mesmo eu peço. Me dê outra chance. Talvez não haja outra oportunidade. Quem sabe sumiremos para sempre um do alcance do outro. Quem sabe o mundo gire muito muito rápido e nos deixe perdidos e nos percamos de vista. Cada um num continente, com todos os oceanos a nos separar. Com tanta, tanta água, ainda maior do que a nossa capacidade de chorar. Aí será tarde. Pois só a proximidade vai nos manter. Só a distância vai nos deter. Sei que todos vão dizer que eu mereço. Mas não acredite em quem ama. Quem ama perde a capacidade do discernimento. E trai. A si mesmo. Pelo outro. Acredite apenas em mim, quando digo que não mereço. Mas ainda assim te peço outra chance. Não leve com você a atravessar todos estes mares, a mais remota hipótese de um talvez arrependimento. Pois ao desembarcar, do outro lado do mundo, você não suportaria olhar pra trás e ver todos os oceanos juntos. A nos separar. Por isso eu peço. Me dê outra chance.

Thank God you're a man

The Age Of The Understatement

Boa (primeira) semana

"O problema com o mundo é que os estúpidos são excessivamente confiantes, e os inteligentes são cheios de dúvidas."

Bertrand Russell

Gente


Gente que me faz bem. Gente que me faz feliz. Gente que dá um baita alento saber que elas estão vivas. E próximas a mim. Gente que eu mereço. Gente que eu nem mereço. Gente que eu chamaria pra brincar no play. Gente que eu gosto. Gente que gosta de mim. Algumas nem tanto. Gente que mesmo sem saber, me faz levantar todo dia de manhã e tocar o barco, só porque elas estão por aqui. Por ali. Além. Gente que me faz melhor. Gente que me ajuda a viver. Gente que eu amo, toda essa gente.

Tchau!!

Tenho que sair da Tijuca e despencar até a Barra, pra pegar a carona que me levará de volta a SP. Preguiça da porra. Cheiro de macarrão com salsicha vindo da cozinha. Mas não é um molho de salsicha qualquer. O Rio tá assim: chove, pára, chove, pára. Mas foi bom. Tá bom. Fora a preguiça de ir até a Barra neste mormaço nublado carioca e depois encarar outra viagem até SP e chegar com aquela cara de cansaço pré segunda, pós férias rápidas, natal, reveillon e tudo mais. Esta segunda em especial vai ser mais punk que todas as outras. Vai pesar mais. Mas vamuaí. É o fim destes dias no Rio, onde tanta coisa legal aconteceu. Relaxei mas não gozei. Mas foi bom, precisava mesmo relaxar. Gozar é coisa mais fácil e chega a ser pueril, dependendo do ângulo (deixa pra lá). Voltando. Encarando. Torcendo. Aprendendo. Vamuaí, né. Primeira parada: Barra Shopping. Depois Dutra. Depois SP. Crazymotherfucker. Tchau!!

Um post carioca

E não deu praia. E pretendo fazer um post carioca. Não sei se ele vai vingar. Mas se você estiver lendo isto aqui, é porque ele ficou. Foi escolhido. Foi aceito. Como o filho, o amigo, o amante, pródigo ou prostituto que volta pra casa. Acolhido, mesmo. Como o filho que é recebido pela mãe com pudim de leite condensado. Curioso, este ano não deu praia, nem comi pudim de leite condensado. Mas foi bom pra caralho. Foi um alívio, uma sensação de "ufa" ter passado duas semanas em pleno exercício de carioquisse explícita. E eu precisava exercitar isso. Mas não deu praia. Tudo bem. A praia sempre vai estar por aqui. Eu é que sou um rato de areia desertor do escaldante caldeirão macunaímico que são as areias cariocas. Me perdôem os paulistanos que vão torcer o nariz neste momento. Fazer o quê? Sou carioca, pÔ!! Não importa o quanto desertor eu seja, tá registrado em cartório, e tenho o mesmo nome do meu pai. Nome que, quando eu era um moleque tonto e caipira, não gostava. Mas agora... Agora sou um velho tonto e nem tão caipira assim. Mas, é o tempo. Ele não pára. E nem a praia. Ela tá sempre aqui, esperando pela volta dos desertores. Nem que seja só por uns dias. Não deu praia, nem comi pudim, mas vi amigos que não via a muito tempo. Da faculdade, das baladas (nights) no Rio, da praia, de Copa, do Centro, Catete, Lapa. Cariocas sangue bons. Alguns nem tão cariocas assim, mas tá valendo. E eu trouxe até paulista pra passar reveillon no Rio, pô! E o cara curtiu pra caramba. E conheceu outros cariocas e os cariocas acolheram mais um paulista. E assim vai. A praia vai tá sempre aqui. Esperando. Contanto o tempo nas ondas. Batendo. Batendo. Batendo. O coração, enquanto bater também, esperando...