Nunca mais

Começava depois do fim da chuva, 3 da manhã. Deixava na rua uma névoa prata e um cheiro de vida nova. Com passos lentos como quem tenta capturar todas as partículas prateadas que caem uma a uma, na sua cabeça já molhada pelo sereno. Depois tinha a vontade de nunca mais voltar. Pra onde? Nunca mais ter para onde ir. Pra que? Ficar naquela rua, que nunca tinha fim, até o fim dos tempos. Até o fim da chuva, 3 da manhã.

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