No domingo na cidade, pelo reflexo dos seus óculos escuros, ele via os prédios ardendo em riste, em direção ao céu. De um azul tão claro, que quase branco, cegava os incautos que saiam de casa, aquela hora da manhã, sem os óculos escuros. Quanto mais ela sorria por debaixo daqueles óculos, maior ficavam os prédios na frente dela, por trás dele. Não a tocava, pois sabia. Não lamentava, porque ela sorria. E isso demolia todas as leis do mundo, naquele domingo na cidade.
27.9.09
Deu pra eu sentir o cheiro da manhã e pegar todas as cores, todos os reflexos,deu um certo aperto, mas "não lamentava, porque ela sorria"
Obgd