Quando se tem a exata noção de que não há mais noção alguma. Perderam-se, todas. Quando não se pode esperar ou suportar prever. Quando não se pode perder. E se sente, se contorce, sem sofrer. Mas sofrendo, embora. Muito. Muitíssimo. Quando se esgota. Se mata. Se rasga e rasga-se, sem se recompor. Quando os domingos são intermináveis. Quando os domingos não existem. Os dias sequer existem. Pois o tempo não se move. Não se sai de casa. Não há mais noção alguma. Perderam-se, ao se encontrar. E não se pode perder. Pior que a morte. Naquele momento, em que nada existe. Nem mesmo os impiedosos domingos. Aqueles, que prometem tudo acabar. Nem mesmo eles. Não sofrem porque não existem pra mais nada. Só um ao outro. Um pelo outro. Um dentro do outro. E todo o resto acaba. Incluindo os impiedosos domingos. Quando se paralisa, sem estancar. Pois não cessa, apenas congela. O momento. Seja a que hora do dia. Nada mais existe. Não há desculpa. Morte. Angústia. Espera. Promessas. Dias. Domingos. Só um ao outro. Naquele dia que nunca termina, porque nunca começa. Apenas existe. Um pelo outro. Um com o outro. Um e outro. E tudo o mais que não existe mais. Quando se ama.
11.6.09
quem tem medo do heitor levanta a mao!
11.6.09
Parece que as datas 'alegres' estão perdendo espaço para a realidade dura. pouco romantismo e muito frio, nesse in(f)verno... abs
16.6.09
Será que existe o amor? Alguém já viu? É de que cor?