Para de pingar. Entorna de vez este balde de água fria na minha cabeça, mas para de pingar. Enxuga quantas garrafas conseguir, toma o porre que quiser. Mas para de pingar. Não me mande mensagens onde eu não possa ver a força da tua mão impressa no papel. Prefiro que me escreva as mil cartas dos fãs enlouquecidos. Mas para de pingar. Me cubra de beijos ou de porrada, o que preferir. Mas me mostre a que veio. Senão, nem venha. Me deixe em silêncio, sem o ruído intermitente da gôta que cai, uma após outra, sem cessar. Na tortura lenta, vagarosa, de quem quer estender um prazer insano. Para de pingar. Desapareça de uma vez por todas, ou me enlouqueça de vez. Mas para de pingar.
26.6.09
Mais um texto da-que-les, né Seu Heitor?
Adorei.
30.6.09
credo! não tem nada pior que garoa fininha pra quem gosta de tempestade e trovoada...