Sereno

A viúva que sai de madrugada no quintal de gramas molhadas. Sereno que já caiu desde cedo. Tornando molhada sua noite. Escura. Fria e em silêncio. Pisa os pés quentes no banhado de orvalho e mete as unhas sobre a camisola fina atingindo a pele branca. Vermelha e molhada de tanto suor, de tanto suor maior que todo sereno ou oceano deste mundo feliz. Que agora ela não reconhece mais. Agora que ela já não morre mais.

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