O TAPA

O tapa foi forte, mas gentil. O que dizer do tapa que não faz ruído. Mas dói. E faz o cérebro pensar corretamente. Bota as idéias no lugar. De volta ao coração, de onde nunca deveriam ter saído. O tapa que não fêz barulho. Mas assustou. O tapa silencioso. Comedido. Estudado. E porque não dizer, carinhoso. O tapa foi forte, mas injusto. Para mim, claro. Que esperava um contato bem mais duradouro que o único segundo que o tapa durou. Um contato bem mais duradouro. Tipo umas dez horas de duração, por exemplo. Mas não. Veio o tapa. Forte. Gentil. Moreno. Longínquo. Verdadeiro. Honesto. E cheio. Cheio de profundo e antigo carinho.

2 Response to "O TAPA"

  1. Anônimo Says:

    Ah, os tapas... eles trazem um ranço, que quase nos envergonhamos de lembrar que existe!

    Grande abraço!!

  2. Flávia Stefani Says:

    Às vezes um tapa é a melhor coisa que pode nos acontecer.