Quem passa pela pela Av. Paulista durante a semana, no início da noite, já deve ter visto um sujeito, cara de charlatão pouco confiável, andando de um lado pro outro da calçada, segurando um grande cartaz, onde se lê: Me dá um abraço! Como o vejo já a algum tempo, decidi observar o comportamento, não só dele, como o das pessoas que passam. Durante este tempo nunca vi ninguém cedendo ao apelo do cartaz. E mais, observo que o charlata, espertamente, só aborda mulheres, as mais bonitas e mais jovens. Daí o título que dou ao malandro.
Quando o vi pela primeira vez, simpático, sorrindo e mostrando seu cartaz pela calçada tomada de gente, até pensei se tratar de um manifesto, uma provocação, um apelo que fosse, chamando a atenção de quem passava com tanta pressa, à importância de um contato mais longo e afetuoso, como é o abraço. Mas, pelo que posso observar, acho que a intenção dele não é exatamente das mais louváveis. Mas, seja lá qual for sua verdadeira intenção, assim como ele me fez refletir sobre a coisa, pode estar fazendo o mesmo com outras milhares de pessoas, que assim como eu, o vêem diariamente, geralmente nas esquinas da Paulista com Rua Augusta. Refletir sobre o que? Sobre o abraço, oras.
O abraço, diferente do beijo, é uma demonstração de afeto que requer mais tempo, intimidade, e principalmente, sinceridade. A sinceridade daquilo que sentimos por quem abraçamos. Obviamente não me refiro aquele beijinho rápido que as pessoas se dão quando se cumprimentam. Paulistas dão um só, enquanto os cariocas dão dois. Mas cariocas tendem a ser mais fominhas, mesmo. Enfim, os tais beijinhos são rápidos, indolores quase. Agora, no abraço, o buraco é mais embaixo. Quando você abraça outra pessoa, mesmo que isto seja uma extensão do tal beijinho cumprimento, você precisa de pelo menos uns segundos a mais de contato com o outro. O abraço requer calor. Não se abraça quem não se gosta. Ao passo que você pode dar um beijinho cumprimento, só por educação. Já o abraço é longo. Ele traduz sentimento. E pode ser tão intenso e amoroso, quanto for o tipo de sentimento que se nutre pela pessoa abraçada.
O abraço pode demorar e ser tão constrangedor quanto estar com um estranho, em silêncio, num elevador. Digo isso porque se você abraça alguém que não corresponde ao sentimento que você expressa, ela pode se sentir constrangida. E você, por consequência. Bem mais do que se tivesse ganho apenas um leve beijo no rosto. Quando se abraça, se estabelece uma comunicação. Nos abraçamos porque nos gostamos, de alguma forma. Queremos o contato. Queremos o calor do outro. E isso é troca. É comunicação. Quando abraçamos, dizemos: Eu gosto de você. E isso é de verdade. Deveria ser, pelo menos. Quando não é, corre-se o risco do tal constrangimento. Abrace, e diga ao outro o quanto ele é querido. Pense nisso na próxima vez que for abraçar alguém, seja qual for a intenção naquela hora, com aquela pessoa. Não importa. O que importa é o abraço. É o que se sente. E abraço não se pede, se ganha.
Quando o vi pela primeira vez, simpático, sorrindo e mostrando seu cartaz pela calçada tomada de gente, até pensei se tratar de um manifesto, uma provocação, um apelo que fosse, chamando a atenção de quem passava com tanta pressa, à importância de um contato mais longo e afetuoso, como é o abraço. Mas, pelo que posso observar, acho que a intenção dele não é exatamente das mais louváveis. Mas, seja lá qual for sua verdadeira intenção, assim como ele me fez refletir sobre a coisa, pode estar fazendo o mesmo com outras milhares de pessoas, que assim como eu, o vêem diariamente, geralmente nas esquinas da Paulista com Rua Augusta. Refletir sobre o que? Sobre o abraço, oras.
O abraço, diferente do beijo, é uma demonstração de afeto que requer mais tempo, intimidade, e principalmente, sinceridade. A sinceridade daquilo que sentimos por quem abraçamos. Obviamente não me refiro aquele beijinho rápido que as pessoas se dão quando se cumprimentam. Paulistas dão um só, enquanto os cariocas dão dois. Mas cariocas tendem a ser mais fominhas, mesmo. Enfim, os tais beijinhos são rápidos, indolores quase. Agora, no abraço, o buraco é mais embaixo. Quando você abraça outra pessoa, mesmo que isto seja uma extensão do tal beijinho cumprimento, você precisa de pelo menos uns segundos a mais de contato com o outro. O abraço requer calor. Não se abraça quem não se gosta. Ao passo que você pode dar um beijinho cumprimento, só por educação. Já o abraço é longo. Ele traduz sentimento. E pode ser tão intenso e amoroso, quanto for o tipo de sentimento que se nutre pela pessoa abraçada.
O abraço pode demorar e ser tão constrangedor quanto estar com um estranho, em silêncio, num elevador. Digo isso porque se você abraça alguém que não corresponde ao sentimento que você expressa, ela pode se sentir constrangida. E você, por consequência. Bem mais do que se tivesse ganho apenas um leve beijo no rosto. Quando se abraça, se estabelece uma comunicação. Nos abraçamos porque nos gostamos, de alguma forma. Queremos o contato. Queremos o calor do outro. E isso é troca. É comunicação. Quando abraçamos, dizemos: Eu gosto de você. E isso é de verdade. Deveria ser, pelo menos. Quando não é, corre-se o risco do tal constrangimento. Abrace, e diga ao outro o quanto ele é querido. Pense nisso na próxima vez que for abraçar alguém, seja qual for a intenção naquela hora, com aquela pessoa. Não importa. O que importa é o abraço. É o que se sente. E abraço não se pede, se ganha.
28.7.09
Abraço de gente bonita é fácil mas pode ser vazio também!
O difícil é o malandro abraçar o feio e que precisa muito do abraço!
Tem cada um por aí, querendo tirar casquinha! rs...
O texto é muito bom!
Valeu!
29.7.09
Num abraço se sente muita coisa. Não realidade um misto de sensações. Abraçar alguém é permitir que alguém o sinta sem nossas defesas naturais. Abraçar por abraçar, tô fora.... Por falar nisso... Abraçooooooooo pra vc.
29.7.09
Valeu Jefão, valeu Piá!!
30.7.09
Um abraço é bem mais legal! Só que dá pra contar no dedo mesmo quem merece...
3.8.09
Que engraçado eu adoro abraçar, mais do que beijar no rosto, o beijo no rosto está na ponta dos lábios, o abraço está no meio de tudo.
Obrigado pela visita.
(º)Abço