Não tenho a capacidade de esquecer. Sufocar. Exterminar as lembranças. Apagar as marcas como um ácido que não atinge o seu alvo. E se espalha no ar como uma peste negra e silenciosa atingindo os incaltos à sua volta e assim revivendo em todos eles. Todos iguais. Todos perfeitamente capacitados, marchando em ordem e sincronismos perfeitos como um estudado balé de zumbis. Não tenho esta capacidade. Reconheço. A profunda inaptidão e teimosia que se rebela contra todos os avisos. Todas as placas. Todos os alarmes. E ignora à pedradas os tolos que ainda me advertem.
28.10.09
Embora lembrar faça parte, talvez esquecer também...mas como esquecer algo que martela a mente e enche de som um coração que não se cala?