A sua cara era mesmo pequena debaixo de todo aquele sol, bomba nuclear estourando as nossas cabeças. Mas também tinham as nuvens, tão brancas e um vento tão quente e diante da minha, a sua cara pequena. Protegida por aqueles óculos escuros que escorregavam no seu suor. O sol estava realmente muito quente, mesmo para aquele horário de pico. Íamos a pino, eu, você, o sol, a caminho dos fornos que depois de nos incinerar, talvez nos fizessem voar feitos fumaça, misturadas às nuvens brancas. Mas você falava naturalmente, assim normalmente, como se isso fosse a coisa mais normal do mundo de se fazer comigo. Que olhando a sua cara pequena diante da minha, tinha ganas, confesso. Às vezes de beijá-la. Às vezes de esmagá-la. Convença-me do contrário.
14.2.10
Esse post arrepiou. Genial.
1.3.10
cara, sensacional o que você tá fazendo por aqui.
esse aqui então... muito muito bom.
volto sempre, com certeza.
abraços.