NÃO ME MANDEM CORES

Já se disse muito por aí, principalmente nos busões lotados, mas eu vou repetir. Tem feito um sol de rachar. Uma lua daquelas às oito da matina. Seria um calor das Savanas se não fosse em SP. E creiam-me (quem não vive aqui), um calor das Savanas em SP, meu amigo, não é pra qualquer Leoazinha Elza não. É preciso ser no mínimo Mufaza. Mufaza, saca, o pai do Rei Leão? Enfim, o sol tá de rachar e os dias têm sido bem, bem quentes. Com exceção de uma ou outra brisinha tímida no meio da tarde, a coisa tem andado ou rastejado bem quente.
A chapa esquentou pra valer. Nem os próprios (ou principalmente) paulistanos tão dando conta dessa gema de ovo fritando em suas cabeças cheias de gel.
E dá-lhe cuecas a mostra, biquetas a mostra, umbigos salientes (com piercing) das mina fora de forma, fox paulistinhas idosos de linguinha pra fora e muito, muito açaí e ar-condicionado e suas inevitáveis alergias.
A fauna é grande e não é mole não. E nem fresca, pelo contrário. A moça do tempo (que não é mais a Flavia Freire) disse bastante convicta que a previsão de frescura mais próxima é só na próxima semana. Ou seja, quem quer "descer" pra praia (sim, aqui eles falam assim), aproveite. Eu, como carioca enjoado, sugiro o litoral Norte. Peraí, onde já se viu, carioca sugerindo litoral pra paulista? Eu hein, ô loco!
A Savana parece que veio mesmo pra ficar e se espalhar pelo planeta inteiro. O tal aquecimento, bla, bla, bla...
O clima tá tão Africano, que tenho a impressão que vou cruzar com a Elza atravessando a Augusta a qualquer momento. Se bem que "elza", Augusta, acaba fazendo sentido. Mas isso é assunto pra outra conversa. "Da hora".